Cada habitante gera, em média, 1,25 kg; no Sudeste, número é de 1,2 kg por pessoa
Apesar de o Sudeste ter originado 53% das 57 milhões de toneladas de lixo produzidas no Brasil no ano passado, a média por habitante é maior no Nordeste, onde cada pessoa gera 1,25 kg de resíduos por dia.
No Sudeste, cada habitante foi responsável por produzir 1,2 kg de resíduos sólidos por dia. Desse total, 95,3% foram coletados -os outros 4,7% tiveram destino incerto e provavelmente errado, co rios ou terrenos baldios.
Os números são de uma pesquisa divulgada ontem pela Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais).
No país, a produção média de lixo por pessoa foi de 1,15 kg, o que representa um crescimento de 6,6% em relação ao ano de 2008.
O Sul é a região onde se produz a menor quantidade de lixo por habitante: 0,85 kg/dia
No Estado de São Paulo, cada morador produziu 1,31 kg ao dia. Desse total, 1,26 kg foi coletado.
"O aumento do volume de lixo indica crescimento do poder aquisitivo da população", afirma o diretor-executivo da Abrelpe, Carlos Roberto da Silva Filho..
Destinação
São Paulo é o Estado em que a maior proporção de lixo tem destinação adequada: 76,1% vão para aterros sanitários, 14,4% vão para aterros controlados e só 9,5%, para lixões.
Mesmo assim, 2.103 toneladas deixam de ser coletadas todos os dias no Estado.
No Rio, a proporção de lixo encaminhado a aterros sanitários é de 66,4%.
Em todo o país, 43% do lixo coletado vai para aterros controlados ou lixões, que não garantem a proteção ambiental necessária.
O encaminhamento irregular é maior no Nordeste, onde 67% do lixo (24.104 toneladas ao dia) é levado para aterros controlados ou para lixões.
A coleta seletiva é mais comum no Sudeste. Está presente em 78,7% dos municípios. No Centro-Oeste, só 26% das cidades contam com algum tipo de coleta seletiva.
(Folha de São Paulo, 27/05/2010)