A questão da erradicação do trabalho escravo não é unanimidade no Brasil, disse o ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Vannuchi. Segundo ele, alguns nichos da sociedade alegam que há exageros quando se fala em exploração de mão de obra e, por isso, não aderem à política dos direitos humanos para o setor.
De acordo com o ministro, existem denúncias de prática de trabalho escravo escravo no Brasil desde o início dos anos 1970 e que só a partir de 1995 começaram as tentativas de implementação de políticas públicas de enfrentamento do problema pelo governo federal.
“O que foi encarado como trabalho escravo nas condicionalidades da Constituição federal vai ser combatido como tal. As irregularidades trabalhistas ficarão a cargo do ministro do Trabalho”, disse durante a abertura do 1º Encontro Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo.
O evento, que termina na quinta-feira (27), vai reunir especialistas para discutir as alternativas de combate ao trabalho escravo. De acordo com Vannuchi, um dos principais temas a serem tratados é a proposta de emenda à Constituição que prevê a expropriação da propriedade rural em que for constatada a prática de trabalho escravo.
(IHU Unisinos, 27/05/2010)