O Rio Grande do Sul lidera um ranking nacional. Isso, porém, não é razão de orgulho. Ao contrário, é motivo de vergonha. O Estado é o que teve o maior aumento na taxa de desmatamento anual da Mata Atlântica.
Conforme o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, produzido pela Fundação S.O.S Mata Atlântica em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgado ontem, o Rio Grande do Sul aumentou a taxa de desmatamento anual, desflorestando 83% a mais. A taxa, que era de 1.039 hectares/ano no período 2005-2008, passou para 1.897 hectares, de 2008 a maio de 2010. Originalmente, possuía 48% do seu território (13.759.380 hectares) no bioma e, atualmente, restam apenas 7,31% (1.006.247 hectares).
A sexta edição do Atlas revela que, de 2008 até maio de 2010, dos nove estados analisados, os que possuem desflorestamentos mais críticos são Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina, que perderam 12.524, 2.699 e 2.149 hectares, respectivamente. Aos números do desflorestamento destes três estados, somam-se outros 1.897 hectares no Rio Grande do Sul, 743 hectares em São Paulo, 315 hectares no Rio de Janeiro, 161 em Goiás, 160 no Espírito Santo e 154 hectares no Mato Grosso do Sul, totalizando 20.867 hectares de floresta nativa suprimida.
(JC-RS, 27/05/2010)