O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, recebeu nesta terça-feira uma avaliação técnica e científica do secretário de Energia do país, Steven Chu, sobre os esforços da gigante BP (British Petroleum) para conter o vazamento de petróleo no golfo do México, informou a Casa Branca.
Segundo o governo, Chu informou ao líder americano sobre os planos da BP para vedar o poço em águas profundas "e quais serão os seguintes passos" se a nova tentativa, prevista inicialmente para esta quarta, fracassar.
Do avião presidencial Air Force One, quando se encontrava em viagem para a Califórnia para encontros com políticos e empresários, Obama falou por telefone com Chu, que está no Texas e postergou sua viagem à China esta semana, a pedido do presidente, para seguir trabalhando nos esforços para conter as consequências do acidente.
Também por ordens de Obama, o secretário de Energia lidera uma equipe de cientistas que examinou os planos da BP para frear o derramamento e apresentou ideias para ajudar a empresa a "maximizar as possibilidades do êxito", disse a nota.
Segundo a Casa Branca, a BP está realizando provas de diagnóstico de pressão fundamentais antes de realizar outra tentativa para fechar o poço de forma definitiva.
A BP é a operadora da plataforma petrolífera "Deepwater Horizon", que explodiu em 20 de abril e afundou dois dias depois causando uma catástrofe ecológica.
A empresa prevê injetar fluído pesado e cimento no poço na quarta-feira, mas afirmou nesta terça que poderia atrasar ou até mesmo abandonar essa operação.
A companhia, que sofreu perdas de quase 50 bilhões de dólares em seu valor de mercado, advertiu que nunca tentou uma operação desse tipo a 1,5 mil metros de profundidade.
Cinco semanas depois da catástrofe, que suscitou fortes críticas pela resposta da Casa Branca, Obama prevê realizar sua segunda visita à costa do estado da Louisiana nesta sexta-feira.
Sem ocultar sua frustração perante os contínuos fracassos da BP, Obama ordenou a seus assessores recentemente que "selem o buraco" no fundo do Golfo do México.
Para controlar o dano a sua imagem perante a crise suscitada, o Governo determinou que Chu e outros funcionários de altos cargos supervisionem as atividades da empresa na zona afetada.
(Efe, Folha.com, 26/05/2010)