As mulheres que pretendem parar de fumar correspondem a uma porção maior do que os homens. Apesar de gastarem menos que eles no consumo, as mulheres têm mais dificuldades para se livrar da dependência, segundo informações da coordenadora do Programa de Tratamento do Tabagismo do InCor, Jaqueline Scholz Issa.
A especialista diz que o tabagismo é mais cruel com as mulheres, principalmente com relação às doenças cardiovasculares, tumores de bexiga e de pulmão. Ainda segundo Jaqueline, o efeito nocivo pode estar atrelado à proteção hormonal feminina.
Para as mulheres, o fumo traz diversos riscos à saúde. E a combinação do cigarro com uso de pílulas anticoncepcionais traz riscos ainda maiores.
De acordo com a coordenadora, o risco de infarto do miocárdio, embolia pulmonar e tromboflebite em mulheres jovens que usam anticoncepcionais e fumam chega a ser dez vezes maior que o das que não fumam e usam a pílula.
A combinação também eleva em oito vezes o risco de acidentes vasculares cerebrais.
Atualmente, as mulheres representam mais de 9,8 milhões de tabagistas no país e são em grande número principalmente no Sul e Sudeste do Brasil.
(Por Marielly Campos, Band, 24/05/2010)