Agora pela manhã vi reportagem sobre o crime ambiental que segue ocorrendo nos EUA. Já se passaram quase um mês e o vazamento de petróleo, da criminosa British Petroleum (BP) segue. Nada de concreto foi feito para barrar o vazamento. Será que é porque fazer com que o mesmo cesse pressupõe fazer com que a empresa “perca” seu duto de exploração (não achei outra palavra melhor)?
A BP concordou em pagar os custos de limpeza do vazamento de óleo que atinge a região do Golfo do México além do limite de responsabilidade de U$ 75 milhões determinado pela lei americana atual. É o mínimo! E espero que tal multa e responsabilização seja cumprida.
Mas será que o mesmo efetivamente paga todos os malefícios que tal desastre, que tal crime ambiental está e estará causando à biodiversidade? Biodiversidade essa que não está somente isolada neste espaço americano, mas que é interdependente e se conecta à totalidade da biodiversidade planetária.
Quantos outros poços e plataformas de petróleo tal empresa tem? Estão estes, cumprindo todas as diretrizes impostas por lei americana? Quantas vezes já foi fiscalizada? São perguntas e ações que devem mais que serem feitas.
E aqui no Brasil? Como estão nossas plataformas? Como o tal pré-sal está sendo pensado em ser explorado?
Parece que mesmo em pleno século XXI a falácia da tecnologia, propagandeada como a solução para todos os males da humanidade, segue sem dar respostas concretas quando mais se espera.
E o tal “the american way of life”, aquele tal modelo americano de desenvolvimento, que muitos governos e grupos políticos (inclusive de candidat@s à presidência do Brasil) querem a todo custo copiar, replicar? Parece que, em tal modelo, respostas sensatas não estão previstas.
Como diz Hadj Garm’Orin “de tanto postergar o esencial em nome da urgência, termina-se por esquecer a urgência do essencial.”
(Por Cíntia Barenho, OngCea, 25/05/2010)