A Unimontes - Universidade Estadual de Montes Claros está realizando pesquisa específica sobre o meio ambiente do Norte de Minas, com o propósito de levantar os níveis de desmatamentos florestais ao longo das duas últimas décadas. O estudo, denominado “Impactos das políticas de conservação em matas secas: análise regional e espacial em função de direcionadores sociais e naturais do uso da terra”, está inserido nas atividades da Rede Internacional Colaborativa de Pesquisas Tropi-Dry, da qual a Unimontes é uma das participantes, juntamente com instituições de outros países como Canadá, México e Costa Rica.
O levantamento sobre os impactos das políticas de conservação da mata seca é financiado pelo Instituto Interamericano para Pesquisa em Mudanças Globais – IAI -, no valor de US$ 31,5 mil. As atividades de pesquisa foram iniciadas no primeiro semestre de 2009 e serão encerradas em dezembro de 2010.
A pesquisa foi viabilizada através de convênio firmado pelo IAI – sediado em São José dos Campos (SP) – com a Duke University, da cidade de Durham, no estado da Carolina do Norte (EUA). O projeto tem como coordenador geral o professor PhD Alexander Pfaff, da universidade americana, contando ainda com a participação de pesquisadores da Costa Rica.
O grupo de trabalho da Unimontes, responsável pelo estudo, é coordenado pelo professor Mário Marcos do Espírito Santo, do departamento de Biologia Geral, vinculado ao Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS). Ele também coordena a rede de pesquisas Tropi-Dry no âmbito da universidade. As atividades contam com a participação dos professores Rômulo Soares Barbosa (departamento de Política e Ciências Sociais), Felisa Anaya (departamento de Saúde Mental e Coletiva) e Marcos Esdras Leite (departamento de Geociências), além de seis alunos das áreas de graduação e de mestrados.
De acordo com o professor Mário do Espírito Santo, a partir da análise de imagens de satélites, estão sendo feitos os mapeamentos da cobertura vegetal do Norte de Minas nos anos de 1986, 1996 e 2006. Serão realizadas comparações dos dados, a fim de levantar os índices de desmatamento ao longo de duas décadas em cada município da região.
Ainda conforme o coordenador, serão feitos cruzamentos de dados censitários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dos mesmos anos, relativos à população, renda per capita e rebanhos bovino e suíno e outras questões. Também estão sendo identificadas outras variáveis, apontadas como “possíveis direcionadores dos desmatamentos na região”, tais como densidade de estradas, rios e distância dos grandes centros consumidores. (Fonte: Ascom Unimontes)
(O Norte, 23/05/2010)