O risco de o vazamento de óleo no golfo do México provocar uma tragédia ambiental no sul da Flórida é menor que na Louisiana, afirmou Daniel Suman, professor da Faculdade de Ciências Marinhas da Universidade de Miami.
Segundo Suman, o impacto será menor porque o óleo deve atingir a Flórida em quantidade menor e de forma degradada (depois de muitas de suas substâncias tóxicas já terem sido evaporadas).
Causado pela explosão de uma plataforma petrolífera da empresa British Petroleum (BP) no golfo do México há um mês, o óleo já penetrou nas restingas ao redor do delta do Mississipi em forma de petróleo pesado e ameaça o frágil ecossistema da região.
No entanto, o especialista não quis minimizar o perigo que ameaça principalmente o ecossistema da região de Florida Keys (extremo sul do Estado), os recifes da área e os parques nacionais.
Segundo ele, a distância entre a porção mais concentrada de petróleo que avança pelo golfo e o efeito de fatores dissolventes como a luz reduzem a gravidade da ameaça para a Flórida.
Nesta quinta-feira, a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (Noaa, na sigla em inglês) informou que "pequenas porções" de óleo no golfo tinham penetrado na principal corrente marinha, que cruza o extremo sul da Flórida e desemboca no litoral sudeste.
Para Suman, a ameaça da mancha negra de petróleo já está tendo um impacto econômico "catastrófico" na Flórida ao afugentar o turismo para outros lugares que não oferecem nenhum risco.
(Efe, Folha Online, 21/05/2010)