Números de um levantamento feito pela Coordenação Regional da Fundação Nacional de Saúde (Funasa/RS) apontam queda significativa da mortalidade infantil nas aldeias e acampamentos no Rio Grande do Sul. Os dados, do ano passado, mostram que, entre as crianças com menos de um ano de idade, o índice de mortalidade hoje é de 26 para cada mil nascidos vivos. No ano de 2003, a cada mil nascidos vivos, 99 não completaram 12 meses.
O resultado desse levantamento foi apresentado durante o encontro da Assessoria de Saúde Indígena (Assai) que acontece desde segunda-feira na Capital. O evento reúne médicos, enfermeiros e representantes da Assai. O saneamento básico também foi tema das discussões:
— O Rio Grande do Sul não tratava uma gota de água nas aldeias até 2003, nesta gestão mais de 90% têm água tratada em casa — afirmou o coordenador regional substituto Luiz Carlos Moreira Machado.
A melhora na qualidade de vida desta população é atribuída pelo chefe da Assai, Jair Pereira Martins, ao aumento dos investimentos do governo federal nas terras indígenas, com a construção de postos de saúde e a implantação de equipes multidisciplinares que trabalham diretamente nestas áreas.
Atualmente, 19.546 indígenas residem no Estado. São descendentes das tribos Kaigang, Guarani e Charrua, distribuídos em 44 municípios, 105 aldeias e 26 acampamentos.
O encontro da Assai acontece até o meio-dia de sexta-feira no Hotel Conceição, em Porto Alegre.
(Zero Hora, 19/05/2010)