O governo brasileiro articula um consórcio entre Eletrobras, a Andrade Gutierrez, a OAS, a Odebrecht, a Engevix e a empresa GTZ, do Peru, para construir cinco hidrelétricas na Amazônia peruana ao custo de R$ 25 bilhões. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
O texto do tratado internacional que permitirá às empresas brasileiras construir e operar as usinas no país vizinho ficou pronto na semana passada, e os ministérios de Relações Exteriores do Brasil e do Peru costuram as assinaturas do documento pelos presidentes dos dois países: Lula e Alan García.
O valor estimado para as obras das novas hidrelétricas supera o do leilão de Belo Monte (R$ 19 bilhões), no qual a Andrade Gutierrez, a OAS e a Odebrecht tinham interesse.
O tratado binacional prevê também que a maior parte do financiamento das obras venha de recursos brasileiros, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Eletrobras.
A estatal brasileira de energia e as empreiteiras já possuem a concessão provisória das usinas, que não serão levadas a leilão. Isso porque as regras peruanas para o setor não exigem a obrigatoriedade de licitação.
Quando o tratado for assinado e os estudos concluídos, as empresas poderão iniciar imediatamente as obras.
(Amazonia.org.br, 17/05/2010)