Na disputa da reciclagem, o Brasil está à frente de Estados Unidos e Europa, com mais de 462 empresas envolvidas num faturamento de R$ 1 bilhão por ano. A indústria brasileira reciclou 54,8% das mais de 500 mil toneladas de garrafas PET consumidas nos últimos anos. A média nos países europeus é de 40% de reaproveitamento, enquanto os Estados Unidos reciclam apenas 22% das garrafas descartadas.
Em 1994, esse índice era de 18,4%. Para seguir em um caminho ascendente, no entanto, a separação e a coleta do lixo ainda precisam ser aperfeiçoadas. Marçon conta que o segmento tem um potencial ocioso de mais de 30%.
– Podemos produzir mais, mas menos de 8% das cidades brasileiras têm coleta seletiva eficaz – diz.
Otimizando esse processo de recolha do material, a emoção de um jogo de futebol pode vir com o reaproveitamento de um resíduo consumido por torcedores de todos os continentes. Afinal, não é fácil torcer, gritar ou fazer a ola sem sentir sede e recorrer a uma garrafa de água, suco ou refrigerante. A boa notícia é que ela já pode virar matéria-prima para itens do próprio estádio.
(Zero Hora, 17/05/2010)