O devastador derramamento de óleo do Golfo do México há duas semanas, no dia 20 de abril, lembra ao mundo que além do aquecimento global - provocado pela poluição - a queima de fósseis coloca em risco a saúde pública, o meio ambiente e a economia.
Esse bem natural está fadado ao fim, o Earth Policy Institute divulgou dados da economia petrolífera americana: desde que a produção de petróleo atingiu, em 1970, o patamar de 9,6 milhões de barris por dia, a quantidade do produto processado vem caindo - atualmente apenas 30% do total de 1970. E o pior, para compensar a falta de energia de origem fóssil, os Estados Unidos gastam U$ 200 bilhões em exportação.
Com os poços de petróleos em terra diminuindo a produção, o país terá que percorrer águas mais profundas até encontrar novas fontes de energia e buscar petróleo em alto mar. O instituto revela que a produção petrolífica subaquática compreende cerca de um terço da produção total americana. Mas há limitações que dificultam sua obtenção, controlar a retirada do petróleo com quilômetros de distância abaixo da supercífie é extremamente perigoso.
O petróleo está acabando
A era do petróleo fácil acabou. Quem afirma isso é o economista chefe Agência Internacional de Energia, Fatih Birol. Em entrevista ao jornal The Independent, o economista alertou o mundo, "não devemos esperar a última gota de petróleo secar, devemos deixar o petróleo antes que ele nos deixe".
Felizmente há alternativas. Dados do Earth Policy mostram que cerca de 20 milhões de barris por dia vai para o abastecimentos de veículos, os mesmos veículos que deixam o tráfego congestionado e custam para a sociedade 87 milhões de dólares, de acordo com o Texas Transportation Institute.
Para acabar com essa dependência de petróleo as opções são a expansão do número de transportes coletivos (ônibus, metrôs, ferrovias) e o desencorajamento dos transportes individuais, além do uso da bicicleta para pequenas distâncias.
Energia eólica
Enquanto os recursos de petróleo são limitados, os recursos eólicos são abundantes e inacabáveis. Um estudo recente, publicado na Academia Nacional de Procedimentos Científicos dos Estados Unidos, descobriu que os maiores produtores de carbono do mundo têm grande potencial de energia eólica, o suficiente para suprir suas necessidades elétricas.
Os Estados Unidos têm potencial eólico total 22 vezes superior à eletricidade atual. Na China, o potencial eólico é 15 vezes maior ao consumo elétrico do país. E na Rússia a produção é 170 vezes mais alta.
Atualmente, a maior indústria de energia eólica está localizada na Europa, mas isso pode mudar logo. China e Japão começaram a desenvolver a produção de energia eólica em alto mar. Outro que quer entrar na briga é os Estados Unidos, o país aprovou recentemente um projeto de energia eólica em alto mar para a costa de Massachusetts, outros estados também buscam aprovação, como Delaware, New Jersey e Rhode Island.
Diferente do petróleo, o vento é bem distribuido pelo litoral e é uma fonte de energia limpa. Além disso, o custo de produção passou por diminuições. O vento é um bem que não secará.
(Redação EcoD, 13/05/2010)