Todo o empreendimento que cause algum impacto ambiental precisa de licença de operação. Na Univates, que chega a receber até cinco mil alunos por dia, não é diferente. “As construções, os ruídos causados por veículos e as próprias fezes e urina humana são alguns dos resíduos gerados. Nós queremos que o campus seja monitorado, para diminuir cada vez mais a degradação”, explica a bióloga da universidade, Cátia Viviane Gonçalves.
Isso fez com que, em agosto de 2009, a instituição solicitasse o licenciamento na Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema) de Lajeado. O processo está em andamento. Na semana passada o órgão solicitou à universidade a atualização do laudo de cobertura vegetal, de cerca de 60 hectares. “Não há irregularidade alguma. Isso é apenas parte do procedimento”, garante a titular da pasta, Simone Schneider.
Parte da documentação, de acordo com Cátia, seria entregue ainda na tarde de ontem; o laudo da cobertura vegetal, até o fim do mês. “Nossa equipe começou, na semana passada, o trabalho de identificação de tudo que há no câmpus. Muitas plantas não estão floridas, por causa do outono, e fica difícil reconhecer a espécie. Mas vamos acompanhar tudo até que isso seja feito”, garante. Segundo ela, o último laudo foi feito em 2002. “A atualização é necessária para conferir como está a situação oito anos depois. Vamos dar um passo além.” A secretária de Meio Ambiente de Lajeado considera a atitude da instituição de suma importância para a qualidade do meio ambiente da região. “Há a preocupação em solucionar o impacto dos resíduos gerados. Prova de que a instituição está de acordo com sua linha de ensino, já que possui diversos cursos que abordam a preservação ambiental.”
Entre as ações já adotadas pela Univates para diminuir o impacto ambiental, conforme Cátia, está o isolamento acústico para amenizar os ruídos do prédio 9, alvo de reclamação de moradores vizinhos; pequenos sistemas de tratamento dos efluentes da instituição, sendo que a previsão é de construir uma estação maior, a exemplo de empresas locais; e a não ocupação da área próxima ao Rio Taquari, tomada por capoeira em 2002, para sua regeneração.
(O Informativo do Vale, 11/05/2010)