Mais de uma dezena de proprietários de caminhões de telentulho realizaram, no sábado pela manhã, um protesto em frente ao aterro localizado na Estrada da Serraria, n 3300, na zona Sul da Capital. O motivo da manifestação foi o fechamento da área pelo DMLU no final da tarde de sexta. Portando faixas e com os caminhões cheios de entulho, o grupo exigia a reabertura do local para despejar os resíduos.
"Esse é um problema que vai acarretar muitas consequências ambientais. Vamos ter que percorrer mais de 50 km até o aterro da zona Norte", afirmou Marco Antônio da Silva, proprietário de uma empresa de recolhimento de entulho. Segundo ele, esse deslocamento aumentará os custos em cerca de 60%, caso o local não seja reaberto. "Se tivermos que levar o material para o outro lado da cidade, vamos causar problemas no trânsito e isso praticamente vai inviabilizar as pequenas e médias empresas que atuam no setor", declarou Samuel Barcelos, outro dos manifestantes. O grupo deve promover outro protesto nesta semana, no Centro da cidade, para alertar a população sobre o problema.
O DMLU informa que a área foi fechada porque atingiu o limite para recebimento de material (especialmente caliça, terra e sobras de podas), conforme determina o Termo de Ajustamento de Conduta firmado com o Ministério Público do RS.
O diretor de Destino Final do órgão, Arceu Rodrigues, presente no local do protesto, concorda que o problema poderá gerar o descarte irregular do material. Segundo ele, a prefeitura busca alternativas porque também necessita de áreas "para receber e compactar o entulho".
(Correio do Povo, 10/05/2010)