As perspectivas para o setor de papel e celulose são positivas, com volume estimado da ordem de US$ 20 bilhões no período 2011 a 2015, de acordo com a análise da Austin Asis. Projeta-se que, ao final de 2012, o Brasil atinja um nível de capacidade instalada de 17 milhões de toneladas de celulose, devendo superar a China - que produz 19 milhões de toneladas-, até o ano de 2015.
O setor de papel e celulose registrou resultados sólidos em 2008, já o ano de 2009 será lembrado por seus desafios e superação face à crise mundial. Nesse contexto, em 2009, o Brasil subiu no ranking dos maiores produtores mundiais de celulose ao anotar 12,7 milhões de toneladas produzidas, passando de 6º para o 4º lugar. Já entre os produtores mundiais de papel, o País passou da 12ª para a 11ª posição ao atingir a marca de 9,4 milhões de toneladas produzidas.
A atividade de papel e celulose é mais desenvolvida em outros países devido ao apoio e financiamento governamental, com abundância de recursos a juros subsidiados, visto que o setor nessas economias é tratado como um setor agrícola, enquanto no Brasil é classificado como indústria manufatureira. Adicionalmente, a baixa produtividade torna os custos portuários brasileiros um dos maiores do mundo. Em tempo, o setor tem se beneficiado pelos desembolsos realizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) que, em 2009, atingiu nível recorde de R$ 3,57 bilhões (em 2008 foram apenas R$ 860 milhões).
O setor de papel e celulose tem como característica a verticalização das etapas de produção, isto é, a fabricação de papel é realizada principalmente por empresas integradas que, além do reflorestamento, são responsáveis pela produção de 80% da celulose consumida em território nacional. As empresas não-integradas consomem apenas cerca de 20% da produção nacional de celulose destinada ao mercado para a fabricação de papel.
(Agência IN, 08/05/2010)