Desde o dia 22 de abril os índios do Parque Nacional do Xingu trancaram a balsa existente na MT-322 antiga BR-080 impedindo a travessia de veículos.
Segundo o Líder dos indígenas Megaron o movimento que está sendo feito por tempo indeterminado é uma forma de chamar a atenção do Governo Federal, porque os índios não concordam com a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte no Rio Xingu, um território paraense. Megaron se mostrou indignado com a decisão do governo em executar a obra. “O presidente Lula não respeita os índios, somos contra esta barragem”, desabafou.
As comunidades indígenas temem que suas áreas sejam inundadas com a construção da usina.
O leilão da usina hidrelétrica de Belo Monte, projetada para ser erguida na região da Volta Grande do rio Xingu (PA), pode selar na terça-feira o destino de um projeto idealizado originalmente pelos militares e ressuscitado pelo governo Lula.
Belo Monte converteu-se num divisor de águas, não só para uma das bacias hidrográficas mais importantes do interior, mas pelo fato de representar novo capítulo de um modelo polêmico de ocupação do setor energético na região amazônica, onde repousa a futura energia do Brasil. Além disso, poderá ter papel de peso no processo eleitoral.
No último dia 04 de maio o Prefeito de São José do Xingu Gilberto Mendes Leoncine(Betão), recebeu uma carta das lideranças indígenas lideradas pelo cacique Megaron onde os índios pedem ao Prefeito para intermediar contato com o Governo Federal. De acordo com o que o Agência da Notícia apurou a solicitação é de que um representante do Governo Federal venha na Aldeia Piaraçu explicar aos Indígenas o porque da construção da Usina do Belo Monte.
O Prefeito Betão vai entrar em contato com o Governo Federal já que há mais de 15 dias não é possível fazer a travessia pelo Rio Xingu o que vem trazendo prejuízos para o município e para a região que depende da travessia da balsa.
(Notícias NX, 06/05/2010)