A Sabão Costa retirou ontem o produto líquido despejado no Rio Taquari na tarde de segunda-feira. Por ser biodegradável, o químico industrial da empresa acreditava que a substância poderia se dissipar, mas uma espessa camada de gordura ainda podia ser vista ontem sobre as águas. A prefeitura acionou a empresa, na manhã desta terça-feira, para fazer a retirada do produto excedente. Foram utilizados barcos para a remoção do material.
Foi a primeira ação concreta desde a tarde do dia anterior. Os órgãos ambientais ainda aguardam a análise da composição química do sabão de glicerina por parte da prefeitura para identificar possíveis danos ao meio ambiente. Até ontem não havia sido registrado nenhuma morte de espécie ou de vegetação. Os resultados só poderão ser percebidos com o tempo, afirma o fiscal do Meio Ambiente da Prefeitura de Estrela, Rafael Luiz Meneghini. Enquanto isso, a documentação relatando o ocorrido está sendo encaminhada aos setores competentes.
Como a licença foi concedida pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), a prefeitura e o 2º Grupo de Policiamento Ambiental, que atenderam à ocorrência, aguardam o posicionamento do Estado, até em relação à tubulação quebrada que leva água de volta ao rio. O sargento Anestor José de Moura acredita que o vazamento do volume identificado na segunda-feira, de cem litros, pode ser ainda maior.
(O Informativo do Vale, 05/05/2010)