O óleo derramado com o acidente do Exxon Valdez em 1989, um dos piores desastres ambientais de sempre, ainda é hoje encontrado sob o cascalho das praias do Alasca. Num estudo, publicado na Nature Geoscience, uma equipa de investigadores revelou que o óleo derramado em 1989 com o acidente do Exxon Valdez ainda se encontra com abundância a apenas alguns centímetros da superfície.
Neste estudo concluiu-se que este óleo presente debaixo do cascalho das praias do Alasca dissipa-se cerca de 1000 vezes mais devagar que o óleo da superfície. Para o atraso deste processo também contribuirá a escassez de oxigénio e de nutrientes no cascalho.
Em 1989 o acidente resultou num derrame de 38000 toneladas de crude, afectando até aos dias de hoje mais de 2000 km de costa e com um impacte ecológico sem precedentes. Nos cinco anos seguintes o óleo ter-se-á dissipado a uma taxa de 70% por ano e as operações de limpeza foram terminadas em 1992, considerando-se que o restante óleo seria dissipado em pouco tempo. No entanto, a taxa de dissipação decaiu para 4% por ano e hoje ainda se encontra quantidades consideráveis de óleo na região.
(BBC / OngCea, 04/05/2010)