A primeira parcela dos recursos previstos para as obras de recuperação dos estragos causados pelas enchentes do ano passado já está depositada, afirmou o secretário. A verba em questão corresponde a cerca de R$ 600 mil.
A documentação necessária para o projeto está na Secretaria da Fazenda, uma vez concluída essa etapa, serão feitas as contratações das empresas que realizarão o trabalho. Melo explicou que serão três atividades distintas. A desobstrução do curso do arroio, a recuperação de algumas vias públicas e a reconstrução de 29 residências.
O secretário esclareceu que a desobstrução do leito (curso) do arroio será feita mediante a retirada dos bancos de areia e da vegetação que cresceu nesses pontos. As árvores das margens (mata ciliar) serão preservadas por sua ação positiva na prevenção de assoreamento.
Em alguns casos isolados essas árvores poderão ser removidas se estiverem por cair, o que pode causar interrupção do livre curso das águas do arroio. Alexandre Melo acredita que a partir da semana que vem, as contratações já estarão feitas e o serviço poderá começar.
A colaboração da comunidade
Todas essas ações poderão perder o sentido se a comunidade estiver desatenta aos problemas que pode provocar ao jogar lixo em via pública. Adotar conduta de respeito à limpeza da cidade ajuda muito. Bagé possui um sistema de coleta de lixo que abrange 100% da área urbana e, na zona central, essa coleta é diária. Nos bairros o serviço é realizado, no mínimo, três vezes por semana. “É um regime razoável para a cidade” ponderou o secretário. Entretanto, ainda é muito comum a presença de lixo jogado em áreas livres como terrenos sem cercas ou muros.
Essas situações definem, na maioria dos casos, um modo de conduta em que a consciência coletiva e ambiental não tem papel importante. É a partir do lixo atirado indiscriminadamente que a poluição ambiental se manifesta, com esgotos pluviais entupidos e arroios sujos e assoreados.
Leis para coibir esses abusos não faltam disse Melo. As multas começam em cerca de R$ 500 em média e podem chegar a valores bem altos, dependendo do crime ambiental. “Não há justificativa, hoje, para se jogar lixo na rua”, alertou Alexandre.
(Jornal Minuano, 04/05/2010)