"São 50 mil neozelandeses, mas uma só voz. Isso deve dizer algo ao nosso governo", sorri a apresentadora de TV e "embaixadora" do Greenpeace Robyn Malcom, na marcha anti-carvão que tomou as ruas de Auckland no último sábado. O número de pessoas que marcharam contra a recente proposta do governo da Nova Zelândia em utilizar áreas de conservação para explorar carvão pode parecer pequeno. Mas em termos de população kiwi, 50 mil neozelandeses equivalem a 500 mil londrinos marchando.
John Key, primeiro-ministro da Nova Zelância, chamou de "sexy" a possibilidade de exploração de carvão na Nova Zelândia. Mas não há nada de sexy no impacto que a mineração ocasionaria nos belos parques nacionais do país. A Nova Zelândia tem uma das mais belas áreas de preservação do mundo e é conhecida mundialmente por isso - são kilômetros de fiordes, densas florestas milenares, fauna exótica e diversas opções para a prática de ecoturismo. E tampouco há algo de sexy em ignorar a opinião pública - as últimas pesquisas mostram uma oposição avassaladora contra as propostas do governo.
"Nossa terra sempre será mais importante para nossa identidade do que alguns dólares a mais nos bolsos das mineradoras", complementa Malcom.
(Greenpeace Brasil, 04/05/2010)