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vazamento de petróleo british petroleum (bp) golfo do méxico
2010-05-03 | Tatianaf

Cientistas alertam que se atingir a costa do Estado da Flórida, que já decretou estado de emergência, o derramamento de petróleo originado pela explosão da plataforma Deepwater Horizon, no golfo do México, pode causar impactos ambientais devastadores.

Um dos alvos em potencial do derramamento seriam os corais da Flórida, a única barreira de corais da América do Norte e a terceira maior em seu gênero no planeta.

Cerca de 84% dos recifes de corais dos Estados Unidos estão localizados na Flórida, Estado que abriga centenas de espécies marinhas e um local onde diversos grupos de animais marinhos se reproduzem.

"Se [a mancha] chegar aos corais, seria algo devastador", explica Larry Crowder, biólogo da Universidade Duke.

O petróleo derramado no golfo do México ameaça centenas de espécies animais, entre elas pássaros, golfinhos e também peixes, moluscos e crustáceos que abastecem o país, sendo a região a base de uma indústria pesqueira bilionária.

De acordo com o tenente James McKnight, porta-voz da Guarda Costeira dos EUA, os últimos dados enviados pela Associação Nacional Atmosférica e Oceânica não indicam que a mancha possa atingir a Flórida dentro das próximas 72 horas, mas há riscos de que até lá o vazamento tenha chegado à costa de outro Estado, o Mississipi.

O governador da Flórida, Charlie Crist, declarou ainda na sexta-feira (30) o estado de emergência ante uma eventual catástrofe natural, o que garante ajuda do governo federal.

A mancha de petróleo que ameaça os Estados do golfo do México também pode ter impactos financeiros, além de afetar a o meio ambiente.

O custo para a indústria da pesca na Louisiana pode chegar a US$ 2,5 bilhões [cerca de R$ 4,3 bilhões], enquanto o impacto sobre o turismo no litoral da Flórida pode ser de US$ 3 bilhões [R$ 5 bilhões], declarou Neil McMahon, analista da firma de investimentos Bernstein, em nota de pesquisa divulgada na sexta-feira (30).

Mancha triplicou de tamanho
A área da mancha de petróleo formada após a explosão da plataforma Deepwater Horizon, no golfo do México, já triplicou de tamanho rapidamente neste sábado (1º), aumentando a tensão entre os especialistas de que o desastre possa ser muito maior do que o estimado há dois dias.

Em menos de um dia a mancha aumentou três vezes. Na quinta-feira (29) o óleo tinha uma superfície de 3.000 quilômetros quadrados, e ao fim da sexta-feira a área atingida já era de 9.900 quilômetros quadrados, de acordo com imagens de satélites europeus analisadas pela Universidade de Miami.

"O derramamento está se espalhando e aumentando numa velocidade muito mais rápida do que o estimado", disse neste sábado o diretor executivo do Centro Avançado de Sensoreamento Remoto Tropical do Sudeste, da Universidade de Miami.

Já o professor Ed Overton, da Universidade Estadual da Louisiana, que chefia uma equipe de estudos de derramamento de óleo, disse que as imagens de satélite podem exagerar as estimativas de crescimento da mancha.

A Guarda Costeira americana estima que cerca de 757 mil litros de petróleo estão sendo lançados na costa sul dos EUA todos os dias, o que significa que em torno de seis milhões de litros já tenham sido expelidos desde o acidente de 20 de abril que matou 11 funcionários da plataforma no golfo do México.

Pescadores da região mostram-se dispostos a ajudar e mantêm as embarcações paradas, em outro dia de marés agitadas na costa sul americana.

Documentos iniciais também indicam que a petrolífera British Petroleum (BP) não tinha preparo suficiente para o caso de uma explosão do porte da que ocorreu na plataforma Deepwater Horizon.

Ainda não há estimativas da distância que a mancha poderá atingir, mas até o momento o derramamento já causa danos ambientais às espécies costeiras na região.

(Folha Online, com agências internacionais, 01/05/2010)


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