Faz hoje precisamente 24 anos que aconteceu o maior acidente de sempre numa central nuclear - o acidente nuclear de Chernobyl que aconteceu a 26 de Abril de 1986-. Durante a realização de testes de segurança, o reactor número quatro da central nuclear ucraniana explodiu e começou a derreter, lançando para o ar uma nuvem radioactiva que cobriu uma parte significativa da Europa do Norte.
Durante vários dias, o mundo desconfiava de que algo de errado se passava na URSS, mas Moscovo só admitiu que algo de muito sério se passava a 29 de Abril. Durante esse período mais de 336 mil pessoas foram evacuadas da região e dezenas de milhares de trabalhadores chamados de “liquidadores” lutaram noite e dia para controlar o reactor.
Durante determinado tempo, toda a área em volta da central foi vedada ao mundo exterior e o reactor que explodiu foi selado num caixão de concreto a 200 metros de profundidade.
A central continuou a funcionar até ao ano 2000, até que o então presidente Lenoid Kuchma decidiu encerrar as instalações.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de 56 mil pessoas morreram com a explosão do reactor e mais de quatro mil acabaram por falecer devido à exposição às elevadas quantidades de radiação emitidas pela central. No entanto, a OMS acredita que ainda hoje, 400 mil pessoas estejam a ser afectada pelos efeitos da explosão.
Neste 24º aniversário do desastre de Chernobyl grupos anti-nucleares alemães realizaram uma “cadeia humana” que juntou mais de 1000 mil pessoas em mais de 120 quilómetros, de forma a protestar contra as propostas da chanceler Angela Merkel de adiar o encerramento de 17 centrais nucleares alemães para além de 2020.
(I Online, 27/04/2010)