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indústria do cigarro
2010-04-28 | Tatianaf

Confraternização entre as localidades é uma das razões da festividade
 
A atuação de agricultores familiares de Venâncio Aires esteve em evidência nesse domingo. Na sede da Sociedade Esportiva Bolão Vencedor, de Vila Arlindo, ocorreu a 14ª Festa Municipal do Fumo. O evento apontou Arno Joaquim Rippel, de Linha Hansel, como o produtor com a melhor condução da safra 2009/2010 entre os representantes de cinco comunidades consideradas de destaque no município, no que diz respeito à produção de tabaco de qualidade.

Para chegar ao nome do vencedor, a comissão julgadora, integrada por entidades ligadas ao setor, avaliou aspectos como infraestrutura das propriedades, bem-estar das famílias, local de produção e equipamentos e produtos utilizados. Porém, o concurso é apenas um dos fatores a reunir os produtores. Segundo o presidente da sociedade anfitriã deste ano, Flávio José Kist, a confraternização entre as localidades participantes – grupo que conta ainda com Linha Bem Feita, Linha Tangerinas e Linha Sapé – sempre foi uma das grandes motivadoras da promoção.

As razões para celebrar, contudo, é que parecem vir mudando. Kist observa que é preciso esquecer as questões desfavoráveis, como o preço pago pelo produto atualmente, e pensar no suor e na dedicação empregados na lavoura. “Temos que festejar é o nosso trabalho, porque a situação do fumicultor se modificou muito. Ele vem se descapitalizando. Além de produtor, sou pedreiro aposentado. Aqui nesta região, construía casarões. Hoje, as casas novas que surgem são financiadas. A agricultura decaiu muito.”

O vencedor do concurso da 14ª Festa do Fumo também lamenta o contexto que cerca o cultivo do tabaco. Apesar da satisfação pelo título que conquistou, Rippel não deixa de destacar as dificuldades enfrentadas, como o alto custo de produção em relação ao valor recebido pela arroba. Plantador há mais de 20 anos, no entanto ele reconhece que não há outra cultura, na pequena propriedade, que ofereça a mesma rentabilidade.

Nesta safra, ele e a esposa Elídia plantaram 45 mil pés, os quais já foram comercializados. Com uma alta produtividade mas sem a qualidade obtida no ano anterior, os resultados deixaram a desejar. “A indústria está rígida demais na classificação e ter uma boa qualidade é fundamental pra conseguir uma venda ao menos satisfatória.”

Contexto
É justamente a qualidade que está ajudando a incrementar a soma obtida pelo produtor Alfonso Antônio Lehmen, de Vila Arlindo. Também envolvido com a produção de tabaco ao longo de toda a sua vida, ele cultivou nesta safra 35 mil pés, com a ajuda da esposa Madelaine e do filho Douglas. Até o momento, metade da produção foi entregue.

Embora o valor recebido pela arroba não seja o considerado justo, ele diz que foi preciso negociar. O agricultor lembra que entidades representativas da categoria orientam que se retenha o produto como forma de pressão por melhores preços. Porém, o dia a dia muitas vezes não permite essa postura. “Somos nós que estamos com a corda no pescoço. Se tu não vende, não come. É complicado.”

Para ele, a solução do problema demanda uma mobilização muito maior. Além dos produtores e de seus representantes, é preciso contar com o comprometimento dos políticos. A agricultura em si, define Lehmen, precisa de mais atenção. Opinião compartilhada por Rippel. Enquanto isso não ocorrer, frisa o produtor modelo, os jovens vão continuar deixando o meio rural. “Eles preferem ganhar um salário mínimo na cidade, mas ter aquele dinheiro certo no fim do mês, do que ficar arriscando no interior.”
 
(Gazeta do Sul, 27/04/2010)


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