Lançamento do site que mapeia casos de INJUSTIÇA AMBIENTAL E SAÚDE no Brasil contará com representantes da Rede Brasileira de Justiça Ambiental, Fase, FIOCRUZ e ABREA que explicarão seu funcionamento e este importante instrumento de luta contra a exclusão socioambiental
Na quarta-feira, 28 de abril, o auditório do prédio anexo da Assembleia Legislativa sediará a apresentação do site que mapeia 300 conflitos de INJUSTIÇA AMBIENTAL E SAÚDE NO BRASIL. O projeto, desenvolvido pela Fiocruz e pela Fase, com o apoio do Departamento de Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, pretende mapear os estados brasileiros e assim dar visibilidade às regiões, muitas vezes longínquas e costeiras, onde são praticadas as injustiças.
A abertura do evento está prevista às 14h com a exposição do deputado estadual Marcos Martins falando sobre a relevância política do site do MAPA DE INJUSTIÇA AMBIENTAL E SAÚDE NO BRASIL.
Em seguida, a representante da ONG Fase, Mabel Faria, fala sobre a entidade e o Mapa. Às 14h40, Marcelo Firpo aborda a importância do Mapa para a Fiocruz e a RBJA (Rede Brasileira de Justiça Ambiental); às 15h Tania Pacheco apresenta o Mapa como instrumento de luta para os movimentos sociais e ambientais. Às 16:00 Fernanda Giannasi lembrará o significado do dia 28 de Abril e fará homenagem às vítimas da injustiça ambiental no país. A tribuna livre acontece na sequência, e o encerramento está previsto para as 17h.
No site que será apresentado (www.conflitoambiental.icict.fiocruz.br/) pode-se mapear as áreas onde vivem grupos e populações atingidas. Basta escolher um estado ou um tema específico (como ‘amianto’, ‘quilombola’, etc.) e digitar na lacuna do site para que sejam apontadas as injustiças que acometem os habitantes daquele lugar, além de informações detalhadas sobre cada caso.
O site foi construído em um ano e meio e segundo Marcelo Firpo, coordenador do projeto e pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), apesar do projeto não cobrir ainda todos os casos, reflete uma parcela importante das ocorrências. Só em São Paulo o site lista 30 casos, como o das 30.000 pessoas da Vila Carioca, região sul de São Paulo, expostas às substâncias cancerígenas liberadas em sua água e solo devido a um estocamento mal feito de uma das unidades do posto de combustíveis Shell.
Segundo os realizadores do MAPA DE INJUSTIÇA AMBIENTAL E SAÚDE NO BRASIL, o projeto é de interesse a quem pretende uma sociedade socialmente justa e ambientalmente sustentável.
(Racismo Ambiental, 26/04/2010)