Na outra ponta do debate, predomina o argumento de que com a retirada das árvores poderia devolver-se a Praça da Alfândega à comunidade. Conforme o coordenador da Memória Cultural de Porto Alegre, Luiz Antônio Custódio, não se trata apenas de reconstruir a paisagem antiga, mas reordenar a composição do ambiente. "A Secretaria do Meio Ambiente analisou e permitiu a extração de 30 espécimes, entre eles os secas, como ligustros e ficus. Parte deles traz risco", explica o arquiteto.
Custódio acredita que essa ação irá recompor a harmonia entre passeios e luminárias, tornando o espaço mais seguro, inclusive à noite. "A concepção original da Alfândega é a de um jardim, e não de parque. Serão valorizados jacarandás e ipês- amarelos, além da vegetação baixa", descreve. Para compensar o dano ambiental, assinala, serão plantadas 139 novas mudas de árvore em locais variados do Centro. O trabalho permitirá o reparo nas redes elétrica, hidráulica e de coleta pluvial.
(Correio do Povo, 25/04/2010)