O último resultado do monitoramento de peixes da espécie dourado feito pelo Projeto Dourado, desenvolvido pelo Comitesinos e pela Unisinos, com patrocínio do Programa Petrobras Ambiental, indica que há chances de haver um repovoamento no Rio dos Sinos.
Conforme o professor da Unisinos Uwe Schulz, que coordena o Projeto Dourado, há a intenção de monitorar os peixes aqui na região, porém isso ainda não tem um prazo para ocorrer. "O que sabemos é que teremos uma população autosustentável na cabeceira do rio, em Caraá. Cerca de 70% dos peixes soltos ficaram em toda a extensão da cabeceira. E na medida que os peixes se reproduzem lá, a tendência é que eles migrem procurando outras áreas."
Símbolo da pesquisa
O Projeto Dourado teve início em 2001 e um ano depois ocorreu a primeira soltura. Foram soltos 25 peixes no rio, com radiotransmissores. Daquela vez, eram espécimes adultos, que acabaram rapidamente formando território. Agora, são peixes jovens, que têm uma tendência maior de migração, para procurarem seu espaço no rio.
A escolha do peixe dourado (Salminus brasiliensis) como espécie bandeira decorre do valor cultural e comercial da espécie na região da hidrobacia, além de servir como um bioindicador de qualidade das águas da região. A próxima ação, disse o professor, deve ser entre os meses de outubro e dezembro, quando começa o período de reprodução.
Pesca ainda é um problema
Um entrave para a população de dourados é a pesca. Na última soltura dos peixes, em março de 2009, os animais foram monitorados por três meses, já que esse é o tempo de vida útil dos chips inseridos em 25 dos cem dourados soltos.
(Por Alessandra Stieler, Jornal VS, 23/04/2010)