Apesar da incerteza sobre as negociações internacionais relativas às alterações climáticas, muitos países avançaram com estratégias de crescimento de baixo carbono no primeiro trimestre deste ano. A afirmação está no Índice de Competitividade do Clima 2010, o estudo mais completo publicado até hoje sobre progressos nacionais na criação de empregos verdes e crescimento econômico através de produtos e serviços de baixo carbono.
O documento foi produzido por um órgão sem fins lucrativos, o Instituto 'AccountAbility', em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma. O Índice analisou 95 países responsáveis por 97% da atividade econômica global e 96% das emissões que causam efeito estufa.
O estudo concluiu que, apesar de algumas lacunas nos domínios de desempenho e responsabilidade, 46% das nações demostraram algum progresso no combate às alterações climáticas desde a conferência de Copenhague, em dezembro. Trinta e dois países conseguiram melhorias significativas na área, entre eles a China, Alemanha e Coreia do Sul. Brasil, África do Sul e Índia são também citados no estudo como Estados que estão progredindo em direção à competitividade climática.
O Índice prevê que o mercado global para produtos e serviços de baixo carbano vai ultrapassar a marca de US$ 2 trilhões, o equivalente a quase R$ 3,5 trilhões, em 2020. Os países vão precisar, no entanto, de estratégias mais ambiciosas para garantirem esse mercado.
(Por Carlos Araújo, Rádio ONU, 21/04/2010)