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botnia / upm-kymmene guerra das papeleiras
2010-04-20 | Tatianaf

Otimismo e expectativa se misturam hoje, na Argentina, horas antes do veredicto da Corte Internacional de Justiça de Haya, sobre a instalação de duas fábricas de celulose na margem esquerda do rio Uruguai. A decisão judicial que emitirá, nesta terça-feira, o Supremo Tribunal é, sem dúvida, "uma decisão aguardada", porque torna possível resolver um problema presente na relação argentina-uruguaia, durante os últimos sete anos e que de algum modo dificultou seu fortalecimento e aprofundamento.

A opinião foi exposta hoje pelo senador Daniel Filmus, que avaliou que o veredicto "iluminará o caminho de como a Argentina e Uruguai deverão retomar a administração conjunta do recurso natural compartilhado", para assegurar seus benefícios pelas futuras gerações.

Se a Corte se pronuncia, como a Argentina confia, no sentido de que o Uruguai ignorou e violou o estatuto, isso constituirá uma reafirmação de que o governo do então presidente (Nestor) Kirchner fez o correto ao demandar o Uruguai, sustentou o político.

A Argentina defende que Montevideo violou o tratado ao autorizar - sem prévia consulta com a outra parte - o estabelecimento das fábricas de pasta de celulose da empresa espanhola Ence e de Botnia (hoje em mãos da também finlandesa UPM) em uma das margens do rio.

Neste sentido, o chanceler argentino, Jorge Taiana, ratificou ontem que seu país confia na justiça das propostas feitas perante o Tribunal Internacional, e insistiu na obrigação de ambos estados de acatar a decisão judicial que seja emitida.

Desde 20 de novembro de 2006, a Assembleia Cidadã Ambiental de Gualeguaychú mantém bloqueada a principal passagem fronteiriça entre os dois países, que une essa cidade com Frei Bentos, no Uruguai, em repúdio ao estabelecimento da empresa da Botnia.

A organização convocou para amanhã, uma concentração em Arroyo Verde, local da rota internacional 136, onde se encontram protestando ininterruptamente, há três anos e meio, para seguir direto para a leitura da decisão.

A notícia é de PL, por Moisés Pérez Mok

(Adital, 19/04/2010)


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