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óleo de palma / dendê nestlé florestas tropicais
2010-04-19 | Tatianaf

Trinta ativistas do Greenpeace fantasiados de orangotangos pediram hoje aos acionistas da Nestlé para ‘darem um tempo’ – uma referência ao slogan do Kit Kat, uma das marcas de chocolate da Nestlé mais vendidas no mundo – e pararem de investir em atividades ligadas à destruição das florestas da Indonésia. Além de acelerar a perda de biodiversidade, o desmatamento agrava os efeitos do aquecimento global. O recado foi dado na chegada dos acionistas à Reunião Geral Anual da Nestlé, em Lausanne, na Suíça.

Dentro da reunião, os ativistas do Greenpeace abriram uma faixa pedindo que a Nestlé pare de usar óleo de dendê proveniente de desmatamento em seus produtos. O coordenador internacional da campanha de Florestas do Greenpeace, Pat Venditti, discursou durante o evento, reforçando nossa demanda para que a multinacional suíça de alimentos mude sua política de compras, retirando o desmatamento da sua cadeia produtiva:

“Estamos aqui hoje para pedir à Nestlé que mude sua política ‘KitKatastrófica’. Ao comprar produtos provenientes de desmatamento, a empresa não está apenas agravando a crise climática e a perda de biodiversidade, mas também prejudicando sua reputação corporativa. Pedimos então que os acionistas usem sua influência para garantir que os produtos Nestlé não tenham qualquer relação com o óleo de dendê ou outros produtos (como papel) fornecidos – direta ou indiretamente – pela Sinar Mas”, disse Venditti.

A manhã também foi movimentada na Alemanha. Ativistas escalaram o prédio da Nestlé e abriram uma gigantesca faixa mostrando como os orangotangos estão sendo ameaçados.

Desde o lançamento da nossa campanha KitKat, 200 mil pessoas em todo o mundo enviaram emails e centenas ligaram pedindo que a Nestlé mude sua política de compras. E, hoje, outras centenas de pessoas se juntaram ao coro - em vários países, o Greenpeace encorajou o público a enviar mensagens à Nestlé e seus acionistas. Durante o evento, eles foram convidados a lerem o conteúdo em nossa página na internet.

Como resposta à nossa campanha, a Nestlé cancelou todos os seus contratos diretos com a Sinar Mas, a maior produtora de óleo de dendê da Indonésia, por causa do seu vasto histórico de abuso ambiental. No entanto, essa decisão não significou ‘um tempo’ para as florestas da Indonésia, pois a Nestlé continua comprando óleo de dendê indiretamente da Sinar Mas através de fornecedores como a Cargill. Além disso, a multinacional suíça de alimentos também usa, em algumas embalagens de produtos Nestlé, papel fornecido pela Asia Pulp & Paper – o braço da Sinar Mas no setor de papel e celulose.

O pior é que a Sinar Mas continua destruindo as florestas de turfa da Indonésia e áreas de Alto Valor para a Conservação (HCV, na sigla em inglês), apesar de ter assumido um compromisso de parar o desmatamento, em fevereiro.

“A cada dia que a Nestlé deixa de tomar atitudes concretas para tirar o desmatamento – e a Sinar Mas – da sua cadeia produtiva, mais ela empurra os orangotangos para a beira da extinção”, disse Venditti.

A Indonésia apresenta uma das taxas de desmatamento que cresce com maior velocidade no mundo. O óleo de palma e a produção de papel e celulose são os maiores vetores de destruição florestal na região, colocando o país na posição de terceiro maior emissor de gases do efeito estufa, atrás apenas de China e Estados Unidos.

(Greenpeace Brasil, 17/04/2010)


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