O atual estágio de desenvolvimento do setor de base florestal aponta para um cenário de condições favoráveis na América do Sul, no Brasil e, especificamente, no Rio Grande do Sul, agora passadas as dificuldades impostas pela crise global. É algo a ser saudado, dada a dimensão que representa uma cadeia produtiva que envolve desde máquinas e equipamentos para serviços florestais e agrícolas, insumos, ferramentas, transportes necessários, pesquisa e desenvolvimento, preparo das mudas, plantação, manejo e colheita até as transformações originárias da acácia, eucalipto e pinus em uma infinidade de produtos, dentro da indústria de energia, de papel e embalagem, química, da construção civil, moveleira, entre outras.
A complexidade desta cadeia e o seu potencial de crescimento impõem que o setor atue de modo planejado e estruturado, compreendendo seu papel e correspondendo aos desafios decorrentes. Por isto, acreditamos ser oportuna a realização em Gramado, entre 14 e 16 de abril, da 2ª edição da Feira da Floresta e do 2° Fórum Internacional do Agronegócio Florestal. Enquanto a feira apresenta inovações tecnológicas, gera novos negócios e também informa sobre bens e proveitos advindos dos plantios, os debates e palestras do fórum avançam na discussão das oportunidades de mercado, tendências e perspectivas nos níveis internacional, nacional e regional. Será espaço para debate sobre a atual logística e legislação, os usos múltiplos da floresta, a biomassa florestal como energia alternativa, os impactos das mudanças climáticas. Temos plena convicção de que a silvicultura sustentável irá crescer através da sua integração com as atividades tradicionais locais e regionais. Eventos desta ordem contribuem neste sentido. Ajudam a qualificar a produção florestal nas médias e pequenas propriedades rurais e aproximam o setor produtivo da comunidade.
(Por Roque Justem, JC-RS, 15/04/2010)