Está prevista para o dia 27 de abril a votação na Assembleia Legislativa do Projeto de Lei 128/2009 referente ao novo código sanitário animal do Rio Grande do Sul. A expectativa é de que, através dele, seja possível mudar o status sanitário para livre de aftosa sem vacinação, o que dará maior vantagem comercial ao Estado, especialmente em relação ao mercado externo. “O código traz regras claras e modernas referentes à fiscalização, produção e trânsito de alimentos”, disse o coordenador do projeto, deputado Jerônimo Goergen (PP). O parlamentar destaca que o projeto deve ampliar o potencial comercial das cadeias produtivas gaúchas, já que a grife da sanidade possibilitará a garantia de novos mercados. “Sanidade é garantia de mercados, por isso precisamos priorizá-la.”
O diretor da Farsul Carlos Simm disse que um dos objetivos do novo documento é proporcionar um reforço em termos de fiscalização, através da normatização de procedimentos e do fortalecimento da vigilância para evitar eventos sanitários. “Com profissionais bem capacitados e com regramento claro”, reforça. O dirigente destacou a importância da criação da Lei de Responsabilidade Sanitária, complementar ao código, e que obrigaria as prefeituras a fiscalizarem a qualidade dos alimentos produzidos pelo município. Para ele, essa medida ajudaria ainda a reduzir a informalidade dos abates, especialmente no caso da bovinocultura de corte e aumento da segurança alimentar.
Na manhã de ontem, representantes dos setores de carne, suínos, leite e aves estiveram reunidos para avaliar o novo código sanitário. O médico-veterinário, responsável pelo Laboratório de Virologia do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, Alexandre de Carvalho Braga diz que o principal objetivo do documento é fortalecer a legislação presente. “É preciso incrementar os recursos dos laboratórios, que sofre com carência de pessoal e tem crescente demanda. Temos um trabalho forte na área de influenza aviária, certificado de granjas de suínos e exames para raiva.” Segundo Goergen foram propostas algumas alterações como a retirada de artigos duplos, maior envolvimento do conselho de veterinária, regras referentes a doenças exóticas e penalidades mais severas para diferentes infrações. “Atualizamos alguns pontos e desburocratizamos outros.”
Agrishow deve movimentar R$ 860 milhões
Considerado o principal evento do agronegócio da América Latina, a Feira Internacional da Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow) deve movimentar R$ 860 milhões em negócios em 2010, alta de 26,4% sobre os R$ 680 milhões do ano passado, além de receber 140 mil visitantes entre 26 e 30 de abril, em Ribeirão Preto (SP). Neste ano a feira terá a volta das grandes montadoras de tratores e máquinas agrícolas, que boicotaram a Agrishow em 2009.
Para 2010, organizadores e governos estadual e municipal investiram R$ 13 milhões em obras e infraestrutura na Agrishow, entre elas uma nova planta para a feira, a reformulação da rede elétrica e a construção de um novo acesso aos visitantes. A feira deve ter 730 expositores, de 45 países, incluindo as nove maiores indústrias de tratores e colheitadeiras. Além da mostra estática de máquinas e equipamentos, haverá 800 demonstrações dinâmicas.
(Por Ana Esteves, JC-RS, 14/04/2010)