A Superintendência do Porto de Rio Grande foi multada ontem em R$ 1,5 milhão pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Durante uma fiscalização, o órgão encontrou em um dos armazéns cerca de 20 toneladas de Ascarel, óleo cuja fabricação é proibida no Brasil.
De acordo com o Ibama, a Superintendência do Porto de Rio Grande terá um prazo de 30 dias para dar uma destinação final adequada ao produto. O Ascarel, cujo nome químico é bifenila policlorada, costuma ser usado como isolante em equipamentos elétricos, principalmente em transformadores que consomem muita energia – como os de estádios de futebol.
Segundo a Convenção de Estocolmo, as bifenilas policloradas têm propriedades tóxicas e são resistente à degradação. O óleo, resultante da mistura de hidrocarbonetos derivados de petróleo, tem sua fabricação proibida no Brasil desde 1981. A substância é considerada cancerígena e, no ser humano, pode causar danos ao sistema nervoso central.
Contraponto
O que diz a Superintendência do Porto de Rio Grande
Zero Hora tentou falar com a assessoria do órgão por telefone, mas não conseguiu contato.
(Zero Hora, 14/04/2010)