A União Europeia (UE) precisará investir 52 bilhões de euros ao ano (US$ 70 bilhões) até 2020 em energias limpas, cujo desenvolvimento Espanha e França foram convocadas a liderar, revela um relatório que é publicado nesta terça-feira (13), em Bruxelas, Bélgica.
As energias solar e eólica serão os principais substitutos do petróleo, gás e carvão até 2050, indica o informe, elaborado pela Fundação Europeia para o Clima, que será entregue à Comissão Europeia.
Em suas previsões, a fundação estima que a Espanha reafirmará o papel de principal produtor europeu de energia solar, além de servir de território de trânsito para a produção do norte da África com destino ao norte da Europa.
A França, por sua vez, deverá se encarregar da produção de boa parte da energia eólica da UE e, devido à sua localização geográfica central, vai fazer as conexões entre a eletricidade produzida na Espanha e no Reino Unido, rumo ao norte e ao leste do continente.
A rede existente entre Espanha e França tem atualmente capacidade de 1 GW e, segundo o estudo, deverá chegar a 47 GW em 2050.
Os investimentos chegarão a 52 bilhões de euros anuais, ou seja, 2,5% do valor total dos gastos anuais da UE, acrescenta o documento.
A UE se comprometeu a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em 80% até 2050 e fixou um objetivo triplo para 2020: reduzir em 20% suas emissões com relação a 1990, elevar para 20% o peso das energias renováveis no consumo de energia e efetuar uma economia energética também de 20%.
(France Presse, Folha Online, 13/04/2010)