Exemplo de sustentabilidade: para produzir 60 mil toneladas anuais de papel em sua fábrica de Guaíba, a Celulose Riograndense utiliza Carbonato de Cálcio Precipitado (PCC), que realça as propriedades físicas, óticas e de impressão do papel. Até 2007, a empresa comprava, anualmente, cerca de 11 mil toneladas de PCC, produzidas em Mucuri (BA) e Jacareí (SP). Todos os meses, 23 carretas circulavam pelas estradas brasileiras até chegar à Guaíba. Eram 2.400 km quando vindas de Mucuri e 1.200 km quando a origem era Jacareí. Visando a reduzir custos e, ao mesmo tempo, contribuir para o meio ambiente, a partir de dezembro de 2007, a Specialty Minerals passou a produzir o PCC dentro da área industrial em Guaíba, num investimento de US$ 800 mil, usando o carbono existente nos gases gerados nos processos de combustão da produção de celulose e que, até então, era lançado ao ambiente pela chaminé da fábrica.
Benefício II
Depois disso, a cada ano, a Celulose Riograndense deixou de lançar na atmosfera cerca de 10,5 mil toneladas de dióxido de carbono, transformando este componente em matéria-prima para a produção de PCC e, sequencialmente, de papel. Para a produção de cada tonelada de papel, há uma economia de aproximadamente R$ 40,00 - R$ 50,00 com a produção interna do PCC. Também deixaram de circular pelas estradas brasileiras 273 carretas por ano, que transportavam o PCC, gerando uma economia de 242 mil litros de diesel que, queimados, resultariam em mais 550 toneladas de CO2 na atmosfera. Além do ganho ambiental, há redução nos custos de produção da ordem de R$ 3,5 milhões/ano, segundo Walter Lídio Nunes, presidente da Celulose Riograndense.
(Por Danilo Ucha, JC-RS, 12/04/2010)