Representantes de indústrias de biodiesel estiveram ontem (8/4) na Câmara Municipal de Porto Alegre para defender maior adição do combustível ao óleo diesel convencional consumido nas regiões metropolitanas do Brasil. Aos vereadores, o presidente executivo da União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio), organização que representa as empresas do setor, Odacir Klein, disse que o maior apelo do biodiesel é a questão ambiental.
Conforme Klein, o aumento do volume do biodiesel na mistura com o óleo diesel dos atuais 5% para 20% em todas as regiões metropolitanas do país reduzirá significativamente a emissão de poluentes na atmosfera, contribuindo assim para a redução da poluição e das mortes por problemas respiratórios nos grandes centros urbanos."Não há nenhuma dúvida dos altos efeitos nocivos, nas grandes cidades, causados pelos combustíveis fósseis, como o diesel convencional." O dirigente da Ubrabio também elogiou projeto do vereador Carlos Todeschini (PT) que prevê a utilização do diesel B-20 (com 20% de biodiesel) em toda a frota de Porto Alegre.
O diretor da Divisão de Biodiesel da Oleoplan S/A, Marcos Boff, fez um histórico do programa do biodiesel no país, observando que o combustível começou a ser fabricado em 2004. Conforme ele, trata-se de um combustível limpo, feito a partir de grãos como a soja, de gordura animal e do reaproveitamento de óleos vegetais utilizados por restaurantes. "O biodiesel não gera emissões de enxofre, principal poluente emitido pelo diesel comum. Com isso, contribui para uma menor poluição atmosférica, reduzindo as emissões poluentes em 12% nas regiões metropolitanas."
(Por Marco Aurélio Marocco, Ascom Câmara Municipal de Porto Alegre, 09/04/2010)