Convivendo com água suja há meses, moradores da comunidade indígena Charrua, localizada no bairro Lami, zona sul da capital, pediram à Comissão de Saúde e Meio Ambiente ajuda para implementar rede de água potável no local. Ao visitar a região na manhã desta quinta-feira (8/4), a Comissão constatou que a água consumida pelas famílias chega a conter larvas dentro. "É um absurdo esta situação que vem se arrastando há anos. O Dmae, em conjunto com a Corsan, precisa se encarregar de resolver este problema", pressionou o vereador Carlos Todeschini (PT).
Conforme o vice-cacique da tribo, Sérgio Senake, muitas crianças já ficaram doentes por causa da água. São cerca de oito famílias abrigadas apenas em três casas construídas no espaço. "A infraestrutura precisa melhorar junto com o fornecimento de água", pediu ao frisar que é direito do índio reivindicar a construção da aldeia com ajuda do poder público. "Somos seres humanos como qualquer outro", reiterou Acuab Lima, cacique e líder da comunidade.
As reivindicações já foram expostas ao Ministério Público que, segundo os moradores, está tentando resolver a situação com o Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae). Um caminhão-pipa já foi sugerido pelo poder público até que as obras de saneamento iniciem. A Comissão pedirá o comparecimento do Dmae na Câmara Municipal para que as obras sejam agilizadas com estabelecimento de prazos.
(Por Ester Scotti, Ascom Câmara Municipal de Porto Alegre, 09/04/2010)