Os Povos da Província de Chimborazo se mobilizaram ontem (5) para demandar aos congressistas da maioria governista que debatam de forma democrática e participativa a proposta dos pontos críticos apresentados pelas organizações nacionais e regionais. A grande mobilização foi convocada por Interjuntas Chimborazo, pelo Movimento Indígena do Chimborazo, pela Previdência Social Rural e outras organizações sociais, camponesas e indígenas da província.
A marcha se iniciou no parque infantil e foi conduzida pelas autoridades dos governos comunitários e sociais, pelo Prefeito da Província Mariano Curicama, Mesías Usigña das Juntas de Irrigação de Quimiag, e pelos congressistas Gerónimo Yantalema por Chimborazo e por Ramiro Terán de Imbabura. Os participantes da marcha proclamaram "A água não se vende, a agua se defende", "a agua é do povo e não da Secretaria Nacional da Água (Senagua)".
Após serem percorridas as principais ruas da cidade, a numerosa marcha concluiu com uma grande assembleia plurinacional na legendária Praça Vermelha da cidade de Riobamba, onde as autoridades dos governos comunitários e dos governos dos conselhos de irrigação e água potável entregaram a proposta dos pontos críticos e insistiram que seja assinada pelos integrantes da comissão.
Delfín Tenesaca, presidente da Ecuador Runacunapak Rikcharimui - Ecuarunari/ Confederação Kichwa do Equador, convocou a grande Assembleia a manter-se mobilizada e demandar com firmeza que os projetos das comunidades, povos, nacionalidades e cidadania em geral sejam tratados no âmbito da Comissão de Soberania Alimentar, além disso convocou à grande mobilização nacional em defesa da água e da vida de todos os povos e nacionalidades que constituem o estado plurinacional.
Durante a Assembleia se recordou que no último dia 26 de março as organizações nacionais e regionais elaboraram um documento de consenso que se resume em: a Autoridade Única da Água - Conselho Plurinacional e Intercultural da Água, participação, desprivatização da água, aproveitamento produtivo da água, tarifa mínima necessária e gratuidade da água para consumo humano e irrigação para a soberanía alimentar, fundo da água para a vida, contaminação e descontaminação, a deterioração das áreas de recarga hídrica.
(Adital, 07/04/2010)