O presidente Barack Obama anunciou ontem sua política para restringir o uso de arsenal nuclear. A partir de agora, os EUA deverão utilizar esse tipo de instrumento apenas em "circunstâncias extremas". Pela primeira vez, o país assegurou que não atacará com armas atômicas estados que não as tenham e que tenham aderido aos tratados de não proliferação nuclear.
O relatório sobre a Revisão da Postura Nuclear também descreve o "terrorismo nuclear" como uma ameaça imediata e extrema, e classifica de prioridade os esforços para prevenir o avanço da disseminação de materiais e de armas atômicas. Apesar de a nova política americana restringir a construção de mais armas nucleares, ela permite que bilhões de dólares sejam investidos para "modernizar" as já existentes.
A intenção do documento é eliminar ambiguidades da época da Guerra Fria sobre em que circunstâncias tais armas poderiam ser usadas. A nova política é lançada dois dias antes de os EUA assinarem um tratado com a Rússia para cortar estoques de ogivas nucleares em um terço, e menos de uma semana antes de um encontro de líderes mundiais sobre segurança nuclear.
(Correio do Povo, 07/04/2010)