Finalmente uma boa notícia para os oceanos!!! O Reino Unido acaba de criar a maior reserva marinha do mundo. A pesca comercial será banida em um raio de cerca de 647 mil Km² ao redor do arquipélago de Chagos.
Espera-se que a região se torne um território importante para a preservação de recifes de coral e de cerca de 60 espécies ameaçadas de extinção. Das cerca de 50 ilhas que formam o arquipélago de Chagos, apenas uma é habitada, Diego Garcia, que a Grã-Bretanha cede para uma base militar americana.
Pense por apenas um segundo para entender o que isso significa. O Reino Unido acaba de anunciar a proteção de uma área 26 vezes o tamanho do País de Gales, ou maior do que toda a França se prefere comparar de forma mais continental. Este é um enorme passo em frente para a conservação marinha.
E o mar de Chagos é digno de proteção. Eles detêm mais de 200 espécies de coral, o maior atol do mundo, e uma impressionante gama de biodiversidade que vão desde peixes-palhaços até tubarões-baleia, e de caranguejos até famosas as tartarugas marinhas.
Classifica-se lá juntamente com a Grande Barreira de Corais e as Ilhas Galápagos como manchas abençoadas pela alta biodiversidade.
Possuem por lá espécies endêmicas, encontradas em nenhum outro lugar. A área é vital para uma ampla variedade de espécies ameaçadas de extinção como o atum, tartaruga e tubarão-martelo e tubarões galha-branca. Criação de uma reserva marinha dá a essas espécies um refúgio vital, especialmente em face do fracasso de acordos internacionais como a CITES para dar a estas espécies a proteção de que necessitam.
No momento, alguns interesses contrários à conservação investem uma grande quantia de dinheiro para saquear estes mares. O anúncio de hoje vai acabar com isso de uma vez por todas. E isso só pode ser uma boa notícia para os peixes, os tubarões e as tartarugas marinhas, e para o povo que vivia em Chagos (Chagossians).
Há muitas coisas que, evidentemente, a Reserva Marinha não pode resolver e, sem duvida, um futuro pacífico e sustentável para as Ilhas Chagos deve incluir a justiça para o povo Chagossian, e o fechamento e remoção da base E.U. militar em Diego Garcia.
No panorama geral sobre a proteção do meio marinho, esse é um grande passo na direção certa, mas há muito, muito mais a fazer. Precisamos de mais reservas marinhas criadas, em todas as partes dos nossos mares, e proteger todos os tipos de vida marinha. Apenas as áreas totalmente protegidas darão a chance de recuperar os nossos oceanos e prosperar, mas os políticos e os gestores das pescas são relutantes em criá-los.
Precisamos garantir que os nossos políticos saibam o que esperamos que eles façam. Que saibam o que o povo brasileiro espera de um futuro. MAs, enfim, é o que temos para hoje. Pelo menos um pouco mais de proteção para um pedaço significativo a nível mundial dos oceanos.
(Blog do Greenpeace, 07/04/2010)