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mst assentamentos reforma agrária
2010-04-06 | Tatianaf

Ainda sem nome, há uma nova força política entre os assentados ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Este novo grupo político foi gestado nos escombros de uma acirrada luta que se arrasta há cinco anos na cúpula gaúcha do MST, que levou ao rompimento com a Cooperativa de Crédito Rural Horizontes Novos de Novo Sarandi Ltda (Crehnor). A entidade é responsável pelo repasse de uma boa parte dos recursos econômicos do governo federal investidos na reforma agrária.

A ideia da Crehnor surgiu nas entranhas do MST, no assentamento da Fazenda Annoni, na década de 80. Criada para ser o braço econômico que ligaria o movimento aos organismos financeiros da União, a Crehnor acabou crescendo mais do que o MST. Sem o dinheiro da Crehnor, os dirigentes do movimento perdem poder entre as 12,4 mil famílias que vivem nos 329 assentamentos espalhados no Estado.

A cooperativa nasceu em uma reunião onde estava o assessor político do MST João Pedro Stedile e os dirigentes do movimento no Estado Darci Maschio, Isaias Vendovatto e Nelson José Grasselli. Para a direção, foi escolhido o nome de Valdemar Alves de Oliveira, o Nego, um dirigente do MST que teve a sua origem no histórico acampamento da Encruzilhada Natalino. Oliveira não gozava da confiança do grupo ligado a Maschio, mas foi aceito devido a suas ligações com a ala histórica do MST.

A ideia de Maschio e de outros dirigentes era de que a Crehnor deveria ser uma simples repassadora dos recursos oficiais. Oliveira pregava que a cooperativa deveria se tornar um banco. Ele venceu, e a Crehnor montou quatro filiais no Rio Grande do Sul e outras duas agências em São Miguel do Oeste (SC) e Laranjeiras (PR).

Em 2005, uma seca violenta atingiu o Estado – a cooperativa havia repassado em torno de R$ 3 milhões de crédito para assentados e outros pequenos produtores. Sem ter o que vender, os agricultores não tiveram dinheiro para quitar os seus compromissos com a Crehnor, que mandou cobrar a dívida. O episódio detonou o primeiro enfrentamento público entre o movimento e a Crehnor.

Entenda o caso
1 A construção de 67 casas no Assentamento Conquista do Cerro da Fronteira, em Livramento, foi financiada por uma parceria entre o Incra e a Cooperativa de Crédito Rural Horizontes Novos de Novo Sarandi Ltda (Crehnor Sarandi).

2 As obras se iniciaram em março de 2008, mas as casas não foram finalizadas.

3 O Incra afirma que teria repassado R$ 402 mil do total de R$ 469 mil. Os repasses foram suspensos quando recebeu dossiê dos assentados dando conta de que as obras nãos seriam concluídas.

4 A Crehnor, que usa recursos do Programa de Subsídio para Habitação de Interesse Social do Ministério das Cidades, diz que investiu R$ 362 mil do total de R$ 402 mil. O presidente da cooperativa, Valdemar Alves de Oliveira, diz que as obras não terminaram porque as empresas contratadas faliram.

5 As empresas contratadas foram a Cooperativa Agrícola Diversificada Xingu Ltda (Coadil) e a Construtora e Transportadora HM Ltda. Claudir Cleomar Holz, na época dirigente das construtoras, diz que houve uma série de problemas, como o desaparecimento do material de construção.

6 João Cardoso, responsável pelo setor de habitação da Cooperativa Central dos Assentados (Cooceargs), que tinha a tarefa de fiscalizar as obras, disse que as responsabilidades foram cumpridas e que o objetivo é terminar as casas.

(Zero Hora, 06/04/2010)


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