Termelétrica de Candiota terá equipamento para capturar enxofre exalado na queima do carvão
Além de permitir a geração de energia, a construção da fase C da Usina Termelétrica de Candiota, na região da Campanha, promete outro benefício: o controle do impacto ambiental. Pela primeira vez no país, será utilizado um dessulfurizador, equipamento que captura o enxofre emitido à atmosfera durante a queima de carvão.
Realizada pela Eletrobras Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), a obra é um dos projetos integrantes do Acordo Internacional, firmado entre a China e o Brasil, cujo objetivo é o fortalecimento da Cooperação na Área de Implementação de Infra-Estrutura de Construção.
É em Candiota que está a maior jazida de carvão mineral do país. A estimativa é de que seriam necessários 300 anos para que todo o carvão fosse consumido e se poderiam instalar mais 10 usinas semelhantes à de Candiota.
Dessulfurizador vai evitar risco de chuva ácida na região
Se carvão não falta, sobra preocupação com os impactos ambientais. Por isso, a empresa adquiriu um dessulfurizador. Importado da China, é o primeiro a ser usado no Brasil. O equipamento possibilita capturar 85% do enxofre contido no gás proveniente da queima do carvão mineral, fazendo com que se elimine o risco de chuva ácida na região.
Em obras desde 2007, a unidade terá potência de 350 megawatts, proporcionando atender a uma demanda de uma cidade com um milhão de habitantes, como Canoas, por exemplo.
Nesta etapa, está sendo feita a montagem da turbina, que vai gerar energia elétrica pela queima do carvão mineral, além da instalação do sistema de tratamento dos gases de combustão e da caldeira. O investimento na fase C da usina em Candiota é superior a R$ 1,3 bilhão. A previsão é de que a unidade entre em funcionamento a partir do segundo semestre deste ano.
(Por JANDIRA VANIN, Zero Hora, 01/04/2010)