Estado apresenta bom índice de municípios envolvidos com ações na área
Com o intuito de analisar e promover o debate em torno de um mundo verdadeiramente mais sustentável, a Câmara Brasil Alemanha de Porto Alegre, em conjunto com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e a Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul (Sergs), promoveu, nesta quarta-feira, o 1º Seminário Internacional sobre Qualidade e Monitoramento do Ar. O evento analisou o papel dos gestores públicos e privados na preservação ambiental e de que a forma a sociedade pode vir a cooperar para um meio ambiente mais saudável.
As ações que estão sendo tomadas pelos governos estaduais do Rio Grande do Sul e de São Paulo foram apresentadas pelo secretário gaúcho do Meio Ambiente, Berfran Rosado, e pelo gerente de Tecnologia do Ar da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Carlos Komatsu. Para Rosado, o governo está descentralizando as responsabilidades e promovendo um comprometimento tanto dos empreendedores quanto da sociedade em se envolver mais com as questões ambientais. "O setor produtivo deve gerar cada vez mais se valendo de menos recursos naturais. No outro lado, a sociedade deve criar uma ética ambiental e colocá-la no mesmo patamar de outras prioridades, como a segurança e a saúde", destacou Berfran.
O Estado vem apresentando um avanço considerável em um curto espaço de tempo em relação à fiscalização e ao monitoramento ambiental. Mais de 75% das cidades gaúchas se envolvem de alguma forma com a questão. As cidades que não possuem o Plano Ambiental estão desenvolvendo paralelamente ao Plano Diretor.
Segundo Komatsu, a proposta de debater e trocar informações é de suma importância para qualificar as condições do ar. "O controle e a qualidade do ar estão melhores do que imaginamos. A emissão dos gases veiculares, por exemplo, é controlada de forma significativa. Um automóvel que sai da fábrica hoje polui cem vezes menos do que os carros antigos em circulação", explica o gerente.
Além do controle de fontes móveis, como carros e outros tipos de motores, a Cetesb monitora a emissão de gases provocados por fontes fixas - empresas em geral. A partir de uma lei, a companhia determinou um processo para novas indústrias ocuparem áreas já saturadas, ou seja, regiões em que o padrão de qualidade do ar estabelecido já tenha sido ultrapassado. A empresa deve passar por um procedimento a partir do momento em que esta área seja identificada e seguir regras estabelecidas para o funcionamento.
Segundo os presentes no evento, ainda há muito o que ser feito em torno do meio ambiente. A sociedade civil deve ultrapassar a barreira da consciência ambiental e partir para a ação.
(Por Deivison Ávila, JC-RS, 01/04/2010)