Aprovado no Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), por unanimidade, em novembro de 2009, o zoneamento ambiental para a silvicultura (ZAS) no Rio Grande do Sul foi apresentado, em forma de publicação, pelo secretário do Meio Ambiente, deputado Berfran Rosado, em encontro que reuniu representantes da cadeia produtiva da madeira, das universidades, da Famurs, conselheiros do Consema e do Ministério Público Estadual na sede da secretaria nesta terça-feira (30). A publicação foi entregue, simbolicamente, ao presidente da Ageflor, Leonel Menezes.
Em dois volumes, a publicação traz as alterações que foram produzidas após 15 meses de debates no Consema, através de 22 reuniões na Câmara Técnica de Biodiversidade e Política Florestal. Dentre as propostas do zoneamento ambiental da silvicultura, destaca-se a que prevê o plantio em 3,5 milhões de hectares melhores distribuídos no Estado, já que a proposta original possibilitava o plantio em oito milhões de hectares, mas em locais que foram contestados. As principais alterações tratam ainda do percentual de ocupação de área de plantio, dos tamanhos de maciços (área de plantio lindeira) e das distâncias entre eles. As alterações foram construídas pelo setor produtivo, governamental e pelas ONGs ambientalistas.
A presidente da Câmara Técnica da Biodiversidade e de Política Florestal do Consema, Mauren Alves, falou sobre o trabalho empreendido para chegar-se ao atual ZAS, destacando o empenho de todos, além da metodologia aplicada dentro do maior rigorismo e técnica. O coordenador do Centro de Apoio Operacional de Meio Ambiente do Ministério Público, Júlio Almeida, falou sobre a importância do consenso e, sobretudo, da proteção ambiental que o ZAS representa, dando garantias legais ao empreendedor. Na mesma linha, o presidente da Ageflor, Leonel Menezes, frisou que o ZAS vem para acabar com as dúvidas e trazer certezas. Para o secretário Berfran, o zoneamento, com os ajustes propostos e aprovados, oferece segurança jurídica e de gestão aos projetos de silvicultura, ao mesmo tempo em que os harmoniza com a proteção dos recursos naturais do RS.
(Sema, 30/03/2010)