Proibidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em todo país, desde novembro de 2009, algumas clínicas e estéticas continuam oferecendo o serviço de bronzeamento artificial, sob liminar da Justiça. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) não recomenda o uso das câmaras de bronzeamento para fins estéticos, porque os raios emitidos por essas máquinas podem trazer prejuízos à saúde, como o envelhecimento precoce e o câncer de pele. Dados da SBD mostram que o RS é o segundo estado com maior incidência, perdendo só para Santa Catarina.
Na última Campanha Nacional de Prevenção contra o Câncer de Pele, foram examinadas 34 mil pessoas em todo o país. No RS, 2.505 passaram por exames, e 239 apresentaram câncer de pele (9,54%). Em SC, das 1.577 pessoas examinadas, 233 manifestaram a doença (14,77%). Em Porto Alegre, a campanha examinou 676 pessoas e, destas, 92 foram diagnosticadas com câncer de pele, ou seja, 13,61%.
A dermatologista do Hospital Moinhos de Vento Márcia Donadussi explica que o raio ultravioleta do tipo A, emitido pelas lâmpadas das câmaras de bronzeamento, é responsável por dar a pigmentação à pele. "Estudos já mostraram que a ação desses raios provocam melanoma, que é um tipo de câncer de pele." A pessoa deve procurar o especialista se tiver manchas ou pintas na pele.
(Correio do Povo, 29/03/2010)