Cada brasileiro produz, em média, 0,5 quilo de lixo eletrônico por ano. Encabeçamos, com isso, uma lista de onze países emergentes – entre Índia, China, Colômbia e México, como maiores produtores per capita do chamado e-lixo. Os resultados são de recente pesquisa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
Os cálculos estão baseados no descarte de computadores, tanto de mesa quanto laptops, monitores, impressoras, celulares, televisões e refrigeradores. Aparelhos de TV produzem 137 mil toneladas de lixo por ano, seguido de 115 mil de geladeiras e 96,8 mil, só de computadores.
O problema está no grau de toxicidade deste tipo de lixo, rico em metais pesados e outras substâncias que contaminam solo e lençol freático. Chumbo, mercúrio e cádmio, presentes, por exemplo, nos celulares, podem provocar intoxicação humana e animal.
Na última edição do Guia de Eletrônicos Verdes, produzido pelo Greenpeace, 18 das maiores marcas de eletrônicos foram avaliadas em quesitos como uso de substâncias tóxicas, energia e descarte. Somente a Nokia, de novo no primeiro lugar do ranking, soma mais de 6 pontos, em um ranking de 0 a 10, seguida por Sony Ericsson e Toshiba.
A Apple traz bons resultados ao apresentar produtos totalmente livres de PVC e BFR, substâncias altamente tóxicas. Samsung cai drasticamente graças ao não cumprimento de promessas estabelecidas na edição anterior e grandes como a Microsoft e a Nintendo seguem no mau exemplo, com baixíssima pontuação.
(Blog do Greenpeace, 24/03/2010)