O Brasil vai aumentar a fiscalização sobre o uso do amianto, a fim de substitui-lo por outros produtos. Isso é o que prevê parceria estabelecida pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio de cooperação técnico-científica. Durante a assinatura do acordo, o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, disse acreditar que o país deixe de utilizar o amianto em dois anos.
A Fiocruz é uma instituição estratégica de Estado”, afirmou Gadelha, com atuação baseada em três eixos: saúde e biodiversidade, mudanças climáticas e saúde e impactos ambientais. “Tivemos que comparar os trabalhadores à fauna e à flora, na questão dos impactos ambientais, para podermos obter garantias de que seriam protegidos e respeitados em seus direitos e vidas”, acrescentou o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, durante a assinatura do acordo.
Proibido na maioria dos países da Europa desde o começo da década de 90, o amianto ainda é usado no Brasil em telhas, caixas d’água e diversos produtos empregados na construção civil.
Por meio do Centro de Estudos do Trabalhador e Ecologia Humana, a Fiocruz já tem uma parceria com o MMA para substituir o uso do amianto no país.
A cooperação com o MMA prevê também a produção e a disseminação de conhecimento e o desenvolvimento tecnológico, buscando contribuir para a melhoria das condições de saúde da população e dos ecossistemas em escalas local, regional e nacional. Os principais eixos serão a biodiversidade, as mudanças climáticas, os projetos de grandes impactos, a sustentabilidade socioambiental e a Rede de Cidades Saudáveis.
(Agência Brasil / Correio Braziliense, 23/03/2010)