Construída em 1994, fonte é uma das principais nascentes do arroio Araçá.
Há décadas inutilizada por causa da contaminação, a vertente da Fonte Dona Josefina será reabilitada por meio do projeto Recuperando Fontes de Vida, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente. O lançamento ocorreu na sexta-feira, 19,integrando a programação do Dia Mundial da Água, comemorado ontem.
A iniciativa coincide também com as atividades de preservação do Rio dos Sinos, que teve seu dia na última quarta-feira, 17. Em parceria com comunidade escolar, Corsan e Secretaria de Cultura, a revitalização consiste em um amplo processo de limpeza, desassoreamento (remoção de entulhos), e plantio de nova vegetação. O objetivo é inaugurar a obra na Semana Municipal do Meio Ambiente, em junho.
Localizada no bairro Estância Velha, a fonte é uma das principais nascentes do arroio Araçá. As outras estão localizadas na Fazenda Guajuviras e no Parque Getúlio Vargas, o Capão do Corvo. Construída em 1904, dentro da propriedade de Antônio Lourenço Rosa, o nome é uma homenagem à esposa de Rosa. Por muitos anos, o local servia de pernoite e de ‘‘bica’’ para tropeiros que iam em direção a Tramandaí, já que a estrada que passava pela hoje avenida Santos Ferreira era uma das principais vias de ligação com o Litoral. Anos depois a vertente foi lacrada devido ao lixo e à contaminação do lençol freático provocada pelo cemitério Santo Antônio, que fica do lado oposto à fonte. Através do projeto, a água voltará a brotar da terra e abastecer o arroio.
RECUPERAÇÃO - O primeiro passo é a análise da qualidade da água pela Corsan, que também contribui com verba. A próxima etapa será feita por alunos da rede municipal, os quais contribuirão com o plantio de mudas para recuperação da mata ciliar. O trabalho segue com a limpeza, cercamento e restauração do prédio da fonte, hoje destruído. O objetivo a longo prazo é transformar a área em um parque destinado ao lazer dos canoenses. Para o secretário do Meio Ambiente, Celso Barônio, a medida é mais do que uma recuperação ambiental. ‘‘Faremos parte do resgate cultural e histórico da cidade’’, explica.
De acordo com a diretora de Educação Ambiental, Estela Peuckert, o processo de conscientização é contínuo e permanente e depende da mobilização de todos os setores da sociedade. ‘‘Só assim transformamos valores’’, acrescenta.
(Jornal VS, 23/03/2010)