Comunicação ambiental foi o tema da oficina do jornalista Fabrício Ângelo, da Rede Brasileira de Informação Ambiental (REBIA), no primeiro dia do 3º Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental, que acontece em Cuiabá (MT). Fabrício destacou a importância da comunicação ambiental na formação de cidadãos, pois a pauta ambiental é transversal, ou seja, relaciona-se com diversas áreas, como economia, educação e política, sendo importante para a compreensão dos eventos que nos envolvem e a consequente reflexão sobre a prática humana no planeta.
Fabrício Ângelo citou o Congresso Rio-92 como um marco para o jornalismo ambiental no Brasil, tendo sido o momento em que o país despertou para a questão. Em relação ao cenário atual e ao tratamento dado às notícias ambientais, o jornalista apontou que a mídia convencional se concentra em catástrofes e, muitas vezes, na compra de materiais de agências de notícias internacionais, enquanto os pequenos veículos, geralmente, oferecem uma cobertura mais completa e aprofundada dos fatos, além de ter menor comprometimento com os grandes patrocinadores.
Para Fabrício Ângelo, uma das questões delicadas na cobertura ambiental é o distanciamento dos temas: “como falar do degelo para alguém do Sertão?”. O jornalista defende a necessidade de tentar regionalizar os temas para mostrar de que forma a ação das pessoas podem afetar o meio ambiente.
Em sua oficina, o jornalista também tratou sobre a internet, atribuindo a ela a difusão da temática ambiental para o mundo inteiro por ser um meio democrático. Além de facilitar a promoção de debates, campanhas e mobilizações, a internet é uma importante ferramenta de exposição do trabalho de diversas ONGs.
(EcoAgência, 19/03/2010)