Será no dia 24, o lançamento da pedra fundamental do Parque Eólico de Tramandaí, a segunda mega-usina de geração de energia eólica do RS, que levou o grupo português EDP a investir R$ 250 milhões para implantar no local 32 aerogeradores e produzir 70 MW (a usina atual, de Osório, da espanhola Ventos Sul, produz 150 MW).
. As obras na área já começaram.
. Até o final deste ano, a EDP terá que começar a gerar energia em Tramandaí, já que é isto que prevê o contrato de fornecimento fechado com a Eletrobrás.
. Os aerogeradores, cada um com três pás, 70 metros de altura, sairão da fábrica da multinacional Wobben, localizada em São Paulo, que assinou contrato turn key (a modalidade apenas exige que o comprador vire a chave para tudo começar a funcionar).
. O editor acompanha o projeto desde que ele era uma simples idéia nas mãos da Elebras, grupo gaúcho que enfrentou problemas terríveis na Eletrobrás e que acabou por se afastar do empreendimento.
. Em 2008, ao reclamar em termos fortes da procrastinação do projeto por parte da Eletrobrás, ocorrência que prejudicava os interesses do RS, o editor foi processado criminalmente pelo então presidente da estatal federal, o engenheiro gaúcho Valter Cardeal. O presidente contratou uma das maiores bancas do Paraná, a do advogado Antonio Carlos Breda, para meter o editor na cadeia. Depois de acesas discussões em Tramandaí, Porto Alegre, São Paulo, Rio e Brasília, ele perdeu o caso na 9ª. Vara Criminal, por sentença do juiz Carlos Francisco Gross, e depois na 1ª. Câmara Criminal, conforme Acórdão dos desembargadores Marco Antonio de Oliveira, Manoel José Martinez Lucas e José Antonio Hirst Preiss. Na 9ª. Vara, o editor defendeu-se a si mesmo, mas no Tribunal de Justiça contou com a ajuda do advogado Luiz Francisco Corrêa Barbosa, atual candidato ao Senado pelo PTB.
(Blog do Políbio Braga, 18/03/2010)