Tal como o Brasil, que viveu no final dos anos 90 a invasão da soja transgênica que vinha da Argentina (também chamada de “soja maradona”, porque adora um veneno), a China se depara agora com a invasão de arroz transgênico ilegalmente.
Em relatório lançado ontem, o Greenpeace denunciou que nas prateleiras do Wal Mart em Pequim, por exemplo, o consumidor chinês pode estar comprando arroz modificado sem nenhuma análise do comitê de biossegurança de lá.
Neste relatório, por meio análises simples de transgenia verificou-se mais de 30% de transgênicos ilegais na amostragem de arroz, cerca de 40% transgênicos na amostragem de papaia, além de uma infinidade de pesticidas em legumes e verduras, alguns até mesmo proibidos naquele país.
A má notícia é que por aqui o cenário pode ser ainda pior. O Brasil se tornou, segundo as empresas de transgênicos, o segundo maior país transgênico no mundo. Não a toa nos tornamos, paralelamente, o maior consumidor de agrotóxicos no mundo, sendo este consumo principalmente de herbicidas (para matar “ervas daninhas”) e para a soja, nossa maior cultura transgênica.
Além disso, com muitos campos experimentais (inclusive de arroz) não seria surpreendente se encontrássemos contaminação nas prateleiras de nossos supermercados.
(Blog do Greenpeace, 16/03/2010)